sexta-feira, 26 de julho de 2013

Deep Down

     O vento soprava forte aqueles dias, todas as coisas estavam em silencio. Aguardado por um sinal que talvez nunca chegasse tudo o que se sentia antes estava esgotado e o medo de sentir novamente se misturava com a confusão que se passava em sua mente. Por vezes a raiva vinha à tona, por vezes o choro tentava se tornar real, mas não passava de uma mera lembrança controlada por sua mente vazia. Próximo ao Vale de sonhos tudo se tornava mais profundo, a medida que se aproximava as arvores iam desaparecendo e mostrando sua real natureza e no fim do vale existia um lado de águas cristalinas, diziam os antigos que em noites sem estrelas a verdade virá a tona para todo aquele que parar de tentar ver a luz brilhar na superfície, que a verdadeira luz é aquela que não precisa ser vista e sim a que temos medo de enxergar por não estar lá. E foi assim que o sábio se afogou ao tentar nadar, pois esse não era o objetivo, ele tentou encontrar respostar e tudo o que obteve foram reflexos da verdade e assim se perdeu a esperança pois o que o sábio não consegui entender era que ela nunca esteve perdida, nunca esteve escondida, só precisava ser entendida, pois a verdade muitas vezes significa apenas uma mentira.