O vento soprava forte
aqueles dias, todas as coisas estavam em silencio. Aguardado por um sinal que
talvez nunca chegasse tudo o que se sentia antes estava esgotado e o medo de
sentir novamente se misturava com a confusão que se passava em sua mente. Por
vezes a raiva vinha à tona, por vezes o choro tentava se tornar real, mas não
passava de uma mera lembrança controlada por sua mente vazia. Próximo ao Vale
de sonhos tudo se tornava mais profundo, a medida que se aproximava as arvores
iam desaparecendo e mostrando sua real natureza e no fim do vale existia um
lado de águas cristalinas, diziam os antigos que em noites sem estrelas a
verdade virá a tona para todo aquele que parar de tentar ver a luz brilhar na
superfície, que a verdadeira luz é aquela que não precisa ser vista e sim a que
temos medo de enxergar por não estar lá. E foi assim que o sábio se afogou ao
tentar nadar, pois esse não era o objetivo, ele tentou encontrar respostar e
tudo o que obteve foram reflexos da verdade e assim se perdeu a esperança pois
o que o sábio não consegui entender era que ela nunca esteve perdida, nunca
esteve escondida, só precisava ser entendida, pois a verdade muitas vezes
significa apenas uma mentira.
sexta-feira, 26 de julho de 2013
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